Detalhes tão pequenos de nós dois

Detalhes tão pequenos de nós dois



domingo, 31 de janeiro de 2010

10 Dicas para receber os novos alunos - 2010

10 dicas para receber os novos alunos
10 dicas para ajudar na adaptação dos alunosVeja como lidar com a agitação dos pequenos (e com a ansiedade dos pais) na volta às aulas
Texto


Juliana Bernardino


O educador deve contribuir para que as novidades sejam aceitas sem crise
Os primeiros dias de aula estão, certamente, entre os mais importantes de todo o ano letivo. É durante essa fase que os alunos conhecem os novos professores, os novos colegas e começam a se adaptar à nova série e, muitos deles, também à nova escola. O papel do professor nesse momento é de grande relevância, pois ele, mais do que ninguém, pode contribuir para que todas essas “novidades” se encaminhem de um jeito natural e bem-sucedido, para a felicidade dele próprio, dos alunos e dos pais.
“Se o professor não constitui um vínculo bacana com os alunos nesse início, a relação entre eles pode seguir com problemas durante todo o ano. Reconquistar é possível, mas é mais difícil”, acredita Ana Paula Arantes, coordenadora do Ensino Fundamental I do colégio Pueri Domus (Unidade Aruã), em Mogi das Cruzes, SP.
Para Maria Bernadete Silveira, coordenadora pedagógica da Educação Infantil e dos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental no colégio Sion, em São Paulo, bons resultados nesse processo inicial garantem a adaptação da criança na escola até o final do ano. “Inclusive no maternal, fase em que as crianças levam cerca de 15 dias para criar vínculos com o professor e a escola”, acrescenta a educadora:


O trabalho de adaptação é para todos os alunos. No maternal, a criança ainda é muito ligada ao ambiente familiar e precisa fazer a transição para o ambiente escolar. No 1º ano, a insegurança está no fato de a criança começar a ter uma rotina de alfabetização, a usar mais livros e a sentir uma outra exigência. No 2º ano, sua responsabilidade aumenta ainda mais, pois ela precisa se organizar de outra forma e o brincar já não está tão presente. Além de todos esses casos, estão os novatos na escola, transferidos de outras instituições que, independentemente da idade, necessitam de uma boa recepção por parte da equipe escolar. “O aluno que vem de outra escola está passando por uma mudança (mudam as referências de amizade, de ambiente, de rotina), e toda mudança traz desconforto, portanto ele precisa ser bem acolhido”, explica a pedagoga Ana Paula.


Também os pais precisam ser acolhidos em suas inseguranças e em seus medos. Eles devem receber o apoio não só dos professores, como da coordenação da escola. “Por isso, os encontros com os pais nesse início são tão importantes. Eles precisam ser orientados e tranquilizados. Costumo dizer que os professores têm de se colocar no lugar deles, para assim entendê-los”, declara a coordenadora Maria Bernadete.
O desafio é grande, professor, por isso há que se preparar para enfrentá-lo. Para ajudá-lo, fomos buscar 10 dicas para você passar por esse processo sem turbulências, receber bem seus alunos e criar com eles um vínculo forte. Afinal, como diz a educadora Ana Paula Arantes, “não há aprendizagem sem vínculo”.

1) Receba bem os pais Professores costumam relatar que, neste início de ano, alguns pais ficam mais ansiosos que seus filhos, o que acaba prejudicando o processo de adaptação. O comportamento é natural, portanto, não encare como desconfiança ao seu trabalho. Coloque-se no lugar deles e procure compreender suas inseguranças e ir conversando até que a relação esteja estabelecida. Trabalhe em conjunto com a coordenação da escola, que deve oferecer um suporte. "Nós da coordenação precisamos estar sempre por perto, dando um bom atendimento aos pais, sobretudo àqueles que têm filhos frequentando a escola pela primeira vez", explica a coordenadora Maria Bernadete, do colégio Sion. Educar para crescer
2) Recepcione calorosamente seus alunos A primeira impressão é a que fica? Pode ser que não, mas em se tratando de primeiro dia de aula, é melhor não arriscar. Sendo assim, receba os alunos com empolgação e entusiasmo. De preferência, receba-os fora da sala de aula, no portão de entrada ou em alguma área livre. Apresente-se e converse um pouco com cada um deles, fazendo sempre comentários otimistas e animados. Você também pode convidar os pais para irem até a sala nesse primeiro dia de aula para eles conhecerem (é o que ocorre na Educação Infantil). Os filhos sentem-se seguros quando isso acontece.


Ah, e procure estar com todos os nomes dos alunos na ponta da língua. "Olá, Fulano? Seja bem-vindo". Com esse simples gesto, a criança se sentirá automaticamente mais próxima do professor, mesmo que nunca o tenha visto antes. É importante também o professor reconhecer qual aluno é novo naquela turma e já ir apresentando-o ao grupo pelo nome: "Olha só quem está aqui, pessoal. Conte pra gente, fulano, onde você estudava antes". "É uma forma de sensibilizar os alunos antigos para receberem os novos", acredita a coordenadora Ana Paula Arantes.


3) Esteja bem com você Para conquistar a confiança dos alunos e dos pais nesse início de ano, é imprescindível que o professor esteja se sentindo tranquilo, realizado e feliz. "Ele precisa demonstrar equilíbrio emocional, estar sempre com um sorriso no rosto, demonstrar pela expressão que está preparado para receber aqueles alunos", aconselha a educadora Maria Bernadete.


4) Recicle seu conhecimento Estude, pesquise, faça cursos, enfim, prepare-se profissionalmente para o início do ano letivo. Quando se tem conhecimento, se tem mais segurança, que é a chave para conquistar os alunos e os pais.


5) Prepare bem o ambiente É importante que a criança sinta-se bem em sua sala de aula. Afinal, é o lugar onde ela passará várias horas de seus dias, durante muito tempo. O primeiro contato com esse ambiente precisa ser bem-sucedido, portanto, cuide para que ele esteja bem cuidado, limpo e com tudo conservado. Cores, música e organização são bem vindas.


6) Monitore os novos alunos As situações de início de ano letivo são muitas. Em algumas escolas, os professores acompanham suas turmas na série seguinte; em outras, recebem turmas inteiramente mudadas. Independentemente de qual for o seu caso, certamente terá de lidar com algum aluno novo na sala (ou na escola). Atenção redobrada, professor! É de extrema importância que você monitore esse aluno, procurando sempre se informar sobre ele. "Como foi hoje?", "Está precisando de alguma coisa?". Se ele estiver com dificuldades para se adaptar, você deve acolhê-lo de fato. "Tem que legitimar os sentimentos do aluno: 'eu te entendo', 'também passei por isso quando entrei na escola, não é fácil", aconselha Ana Paula, coordenadora do Pueri Domus


7) Eleja um aluno-mentor O aluno-mentor pode ajudar você na adaptação dos novos alunos. Esse aluno-mentor já está na escola há um tempo, conhece as dependências, os funcionários e poderá acompanhar a criança recém-chegada pelos primeiros dias, ajudando-a a se inserir nos grupos e a compreender a rotina local, como funciona o recreio, a cantina etc. "O aluno-mentor faz a transposição entre a escola antiga e a nova", resume Ana Paula.


8) Não tenha pressa Entenda que cada aluno vai lidar com as questões novas de um jeito bem particular. Tudo depende de quanto eles estão preparados, da vivência que eles trazem de casa, da Educação Infantil, do colégio antigo etc. Alguns alunos que iniciam o Ensino Fundamental, por exemplo, podem se acostumar rapidamente com a mudança no volume de livros, no número de disciplinas. Outros podem precisar de um tempo maior para se adaptar.


9) Convoque os pais para uma reunião Como foi dito, os pais podem se sentir muito ansiosos com o início das aulas. Portanto, o ideal é que eles sejam chamados para uma reunião com os professores e a coordenação antes mesmo de as férias acabarem. "Nessa reunião, falamos sobre a proposta pedagógica, como vai ser o primeiro dia de aula e, com os pais de alunos novos, explicamos um pouco sobre como a escola funciona", relata Maria Bernadete, do colégio Sion.


10) Agende um atendimento exclusivo para as novas famílias Depois que as aulas tiverem começado, uma boa atitude é chamar os pais dos alunos que foram matriculados na escola naquele ano para saber como as crianças e eles próprios estão se sentindo, o que estão achando da escola, do professor etc. É muito comum que a criança estranhe algumas coisas nesse início, mas você precisa sentir se ela está se adaptando aos poucos ou não. E o retorno dos pais é essencial. "Às vezes a criança não dá sinais sinal em sala, mas dá em casa. É comum, por exemplo, ela reclamar no começo para os pais que está achando a lição difícil, ou que não está acompanhando as aulas. O professor precisa investigar se a criança realmente está com dificuldades ou se está só insegura, ainda se adaptando. É preciso muita sensibilidade do profissional para, então, ir mostrando à criança que ela é capaz", explica Maria Bernadete.


Educar para crescer!


Para os primeiros dias, prepare aulas atraentes, com atividades que envolvam todos os alunos. Mude rapidamente de uma atividade para outra, evitando que as crianças fiquem entediadas.






Ficou com dúvida sobre o que fazer? Procure a coordenação ou peça ideia para algum professor mais experiente que trabalhe na escola. "O ideal é que os professores recebam um treinamento antes de as aulas terem início, que pode ser dado pela própria coordenação", orienta Maria Bernadete.






Como muitos vão querer exercer essa função, faça uma votação na sala para escolher o aluno-mentor. Mas continue de olho, sempre monitorando o desenrolar desse combinado.


Uma saída que pode contemplar a todos é você já iniciar o ano acostumada a colocar a rotina em pauta. "Hoje nosso dia vai ser assim". E repetir esse aviso todos os dias. É uma forma de conter a ansiedade, já que você antecipa para os alunos todos os acontecimentos.




Fonte: Educar e Crescer


Boitatá - Lendas

É uma cobra de fogo com olhos luminosos que aparece à noite nos pastos e assusta a todos. Dizem que ela sobreviveu a um dilúvio escondida embaixo da terra e, por isso, não aguenta ficar exposta à luz do sol.
Fonte: http://baguncafeliz.blogspot.com

Bruxa

A bruxa é uma velha horrorosa, alta, nariguda com cabelos despenteados. Gosta de fazer poções mágicas e encantamentos que fervem em seu grande caldeirão. É misteriosa e anda pela noite montada em sua vassoura, amedontrando criancinhas que não querem dormir. Também é conhecida como cuca.

Iara

Rainha das águas, ela é uma entidade metade mulher, metade peixe. Dona de uma voz hipnotizante, atrai os homens com seu canto e os leva para o fundo dos rios e mares, de onde eles nunca mais voltam.

Boto

Segundo a lenda, o boto é um homem bonito e charmoso, que conquista as moças à primeira vista. Encantadas, elas se apaixonam e vivem esse amor de apenas um dia, já que, antes do nascer do slo, ele se transforma novamente em boto e some no rio Amazonas.

Saci


O divertido menino e de uma perna só está sempre em busca de traquinagens, enquanto anda com seu cachimbo e seu gorro vermelho. Quando algo aparece sem motivo pode ser uma traquinagem do menino. Para acabar com a bagunça é preciso esconder o gorro vermelho ou dar um nó num montinho de palha, isso deixa o menino com vontade de fazer xixi e ele acaba devolvendo as coisas.

Fases da Escrita

FASES DA ESCRITA



A alfabetização é um processo no qual o indivíduo assimila o aprendizado e a sua utilização como código de comunicação.


Esse processo não se deve resumir apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar e produzir conhecimento. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral.


















Emília Ferreiro , procurou observar como se realiza a construção da linguagem escrita na criança. Os resultados de suas pesquisas permitem, que conhecendo a maneira com que a criança concebe o processo de escrita, as teorias pedagógicas e metodológicas, nos apontem caminhos, a fim os erros mais freqüentes daqueles que alfabetizam possam ser evitados, desmistificando certos mitos vigentes em nossas escolas

GARATUJA: O próprio nome já diz, a criança risca o papel sem ter um sentido próprio, ou ainda faz desenhos para representar a escrita.



PRÉ-SILÁBICO: É quando a criança começa a usar qualquer letra (às vezes números) para escrever a palavra. O importante desta fase, é que ela percebeu a função da letra. Geralmente ela repete muito a letra A (pois é a primeira que aprende), ou usa as letras do seu nome trocando a ordem.

Ex: Pra escrever GATO: RIAMA 
 
SILÁBICO SEM VALOR SONORO: É quando a criança coloca a quantidade de letras conforme as sílabas da palavra, não se importando com o som. O mais importante nesta fase é observar o modo como a criança lê o que ela acabou de escrever. Ex: Para escrever GATO: MA, leitura: Ela deve colocar o dedinho, ou o lápis, apontando para o M dizendo GA e para o A dizendo TO; Para escrever JANELA: RMI, leitura: Aponta para o R dizendo JA, para o M dizendo NE e para o I dizendo LA.

<!--[if !supportLineBreakNewLine]--> SILÁBICO COM VALOR SONORO: É quando a criança começa a perceber que cada letra tem um som então ela usa-as de maneira proposital.

Ex:

GATO: GO;

JANELA: JNA;

CASA: KZ

BORBOLETA: BOLT

Normalmente nesta fase a criança tem certeza absoluta do que escreve e lê (é muito legal). Ela lê silabicamente como no Silábico Sem Valor Sonoro.

<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->

SILÁBICO ALFABÉTICO: É quando ela consegue começar a entender que necessita de duas ou mais letras para formar o som certo da sílaba em questão, mas não usa em todas. Ex: GATO: HTO JANELA: JNELA CASA: KZA BORBOLETA: BOBOLTA

<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><!--[endif]-->
ALFABÉTICO: É quando a criança já sabe escrever e ler, mas ainda têm pequenos "erros ortográficos" Como trocar:

E por I,

G por J,

C por K,

S por Z,

CH por x, etc.

Ex: CAZA, XAPÉU, BUNECA, TOMATI



Lindo domingo

Amanheceu um dia lindo: ensolarado, brisa leve, pássaros cantando soltos no ar.
Saímos para caminhar: eu e a minha mana Vânia, pelas ruas gostosas do bairro Água Verde. Algumas pessoas caminhando, pais levando pão para casa, com certeza boquinhas ávidas de guloseimas esperando ansiosas, outras ainda dormindo o sono merecido do trabalho da semana.
No dia a dia que consome a nossa atenção para o trabalho, para o estudo, para as pesquisas não sobra tempo para que os nossos olhos possam passear serenos diante de tanta beleza que Deus nos presenteou e preparou para a nossa felicidade.
      Trabalhar é preciso, estudar é necessário, mas não esqueçamos que o lazer é imprescindível para o combustível da nossa alma e do nosso coração.

                Domingo abençoado^!

                       Elaine Oliveira

sábado, 30 de janeiro de 2010

Sábado, dia do Senhor

          Hoje amanheceu nublado, o tempo frio, apesar de ser verão. No entanto, no meu coração há
o calor da esperança, o brilho do sol, tudo porque o dia do Sábado é um dia especial. Desde pequena
fui ensinada que Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou, portanto abençoou o Sábado
e o separou dos outros para criar um laço de amor, de reflexão e de fé com os seres humanos.
          Que possamos deixar as nossas atividades de lado e focar os nossos olhos e os nossos sentimentos
nos detalhes de cada obra das mãos divinas. Só Ele pode acalentar o nosso coração e nele fazer morada.
Quando o temos por perto a nossa vida, mesmo com pedras pelo caminho, torna-se mais suave, com
ânimo e coragem para prosseguir a caminhada.

                              Feliz Sábado!

                              Elaine Oliveira

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A Dança de Pablo Neruda

Poesia completa: "A Dança" de Pablo Neruda
Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio
Ou flechas de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim deste modo que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Antes de amar-te, amor, nada era meu:
Vacilei pelas ruas e as coisas.
Nada contava nem tinha nome.
O mundo era do ar que esperava
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se dependiam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo.
Caído, abandonado, decaído,
Tudo era inalianavelmente alheio.
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
 

Como trabalhar a cultura indígena na escola

Conhecer o processo de construção de uma nação é uma dimensão valiosa para a escola, no sentido de oferecer oportunidade ao aluno de olhar o passado, bem como o presente, em busca de conhecimento e discernimento sobre a história do país.

Considera-se fundamental que o povo brasileiro tenha conhecimento acerca do sofrimento que as sociedades africanas e indígenas foram expostas, favorecendo uma melhor compreensão das atitudes tomadas pelos índios no decorrer da história do Brasil, conhecimento que deve ser adquirido desde o início da fase escolar, especificamente para os alunos do Ensino Fundamental e Médio.

No intuito de propiciar ao professor uma exploração abrangente em relação à história indígena nas escolas sugere-se questões que irão somar na inclusão dessa abordagem inovadora que foi imposta por uma nova lei:

• Propiciar ao aluno o conhecimento dos aspectos positivos e afirmativos dessa população em relação à cultura nacional, bem como os acontecimentos considerados negativos naquele instante;
• Fazer associações às tradições negras e indígenas usando como exemplos a música, a culinária, as artes plásticas entre outros;


• Enfatizar que os negros chegaram como escravos, porém não eram cativos naquela época;

• Informar a existência de populações e grupos com domínios de metalurgia e técnicas agrícolas, sendo que essas riquezas adquiridas foram incorporadas juntamente com a criatividade e inovação no âmbito da cultura brasileira;

• Esclarecer que apesar da violência e destruição sofridas, ocasionaram contribuições positivas e criativas que refletem até hoje na história do Brasil;

• Trabalhar com cantigas de roda;

• Identificar e conhecer os alimentos oriundos da cultura indígena, por exemplo: Informar que a mandioca é um produto originado da cultura indígena do México, sendo levada para a Europa;

• Trabalhar com a história indígena, pesquisando coisas com nomes de origens indígenas;

• Conscientizar os alunos a respeito da distribuição dos povos indígenas pelo mundo;

• Informar que vários povos indígenas são descendentes dos habitantes originais das terras ocupadas e colonizadas. Por exemplo: as etnias nativas dos Estados Unidos, os aborígenes australianos, entre outros;

• Destacar a contribuição indígena na cultura até os dias atuais.

Vale ressaltar que a cultura indígena possui um imenso universo de informações a serem estudadas e que compete ao professor realizar inserindo o conteúdo com outras matérias e não ser trabalhado como uma disciplina isolada.
Associar a cultura indígena ao conteúdo que está sendo vivenciado pelos alunos, resulta em um rico processo de aprendizagem para eles, proporcionando o contato com as tradições do país e conseqüentemente o saber da história do seu país.

Saiba Mais!

Em 10 de março de 2008, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a lei referente à inclusão obrigatória no currículo das escolas públicas e particulares de nível fundamental e médio, o ensino de história e cultura indígena brasileira.
Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Como fazer um plano de aula


O plano de aula é caracterizado pela descrição específica de tudo que o professor realizará em classe durante as aulas de um período específico. Na sua elaboração alguns pontos são muito importantes como:

• Dados de identificação do professor e da escola;
• Os objetivos a serem alcançados com as aulas que serão ministradas;
• Conteúdo que será ministrado em cada aula, o qual deve seguir uma linha cronológica do processo de aprendizagem;
• Os procedimentos utilizados para aprendizagem dos alunos, ou seja, são as fases da aprendizagem;
• Os recursos que serão utilizados para alcançar os objetivos;
• E, por último, as metodologias de avaliação, ou seja, as técnicas avaliativas que o professor utilizará para avaliar o aprendizado do educando.

Na elaboração de um plano de aula devem ser considerados vários pontos e critérios que unidos especificam quais os objetivos finais o professor espera alcançar no decorrer da explicação dos conteúdos. Os critérios que o professor deve estar atento durante a confecção de seu plano de aula são:

• Adequação dos estímulos;
• Especificação operacional;
• Estrutura flexível;
• Ordenação.

Além de conter esses critérios, o plano de aula deve ser elaborado seguindo as fases da aprendizagem, ou seja, deve seguir uma linha de ensino-aprendizagem contínua. São as fases de aprendizagem: apresentação, desenvolvimento e integração. Na apresentação o professor prepara a classe para a compreensão de novos conteúdos. No desenvolvimento acontece a análise. Nessa etapa acontece o processo de orientação e aprendizagem do aluno. É nessa etapa que acontece o estudo de um texto, a realização de um experimento, a resolução de exercícios, etc. A integração é a etapa final. Nessa fase o professor faz a verificação dos resultados obtidos pelos alunos na fase do desenvolvimento.
Por Marco Aurélio da Silva
Equipe Brasil Escola

A importância de estimular a arte na criança.

O desenho tem papel fundamental na formação do conhecimento e requer grande consideração no sentido de valorizar desde o início da vida da criança, considerando a bagagem que trás de casa, assim como seu próprio dia-a-dia.

O ato de desenhar deve ser considerado um fator essencial no processo do desenvolvimento da linguagem, bem como uma espécie de documento que registra a evolução da criança.

A criança ao desenhar desenvolve a auto-expressão e atua de forma afetiva com o mundo, opinando, criticando, sugerindo, através da utilização das cores, formas, tamanhos, símbolos, entre outros.

É de ressaltar que o professor deve oferecer para seu aluno a maior diversificação possível de materiais, fornecendo suportes, técnicas, bem como desafios que venham favorecer o crescimento de seu aluno, além de ter consciência de que um ambiente estimulante depende desses fatores colocados, permitindo a exploração de novos conhecimentos.

Partindo do pressuposto de que não são oferecidos tais suportes, a tendência é que o aluno bloqueie sua criatividade, visto que não lhe foram oferecidas tais condições.
A importância de valorizar o desenho desde o início da vida da criança se dá pelo fato da necessidade que o universo infantil tem em ser estimulado, desafiado, confrontado de forma que venha enriquecer as próprias experiências da criança.

Valorizando a arte, ou seja, o desenho na escola, o professor estará levando o aluno a se interessar pelas produções que são realizadas por ele mesmo e por seus colegas, bem como por diversas obras consideradas artísticas a nível regional, nacional e internacional.

Enquanto mediador do conhecimento, o professor é essencial para incentivar o aluno, seja ele pelo caminho da arte ou por outra área do conhecimento, oferecendo os melhores suportes, de forma que venha a somar no crescimento e formação do mesmo.

Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Dez Jogos e Brincadeiras para Educação Infantil

Desenvolver atividades em Educação Infantil não é nada fácil, em razão dos alunos serem muito pequenos e ainda por não corresponderem de forma motora a muitas atividades. Assim, seguem algumas sugestões que poderão auxiliar o professor no cotidiano da sala de aula, bem como fora dela.
Caixa de Sensações: o professor pode encapar uma caixa de tênis fazendo um furo em forma de círculo, com dez centímetros de diâmetro. O professor deverá organizar materiais como retalhos, flocos de algodão, pedaços de lixa, tampinhas, caixinhas e outros objetos e ir colocando-os por uma das extremidades, a fim de que a criança, com a mão do outro lado, identifique o material.
Caminho Colorido: com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças carimbem os pés, com tintas coloridas. É uma atividade que envolve muito as crianças, e as deixam muito felizes.

Atividades que desenvolvem a psicomotricidade 
Toca do Coelho: Dispor bambolês no pátio da escola de forma que fiquem duas crianças em cada um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal do professor, as crianças deverão trocar de toca, entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca.
De onde vem o cheiro? A professora irá passar perfume em um paninho e o esconderá na sala, num lugar fácil, onde os alunos deverão descobrir de onde vem o cheiro.
Dentro e Fora: Fazer uma forma geométrica bem grande no chão e pedir que as crianças entrem na delimitação desse espaço. Se quiser o professor poderá fazer outra forma dentro da que já fez onde irá pedir que os alunos adentrem também, explorando ainda que se a forma é pequena eles irão ficar apertados.
Arremesso: O professor fará uma linha no chão, usando fita crepe e as crianças deverão arremessar garrafinhas plásticas cheias de areia, para frente. O professor irá medir as distâncias e verificar quem conseguiu arremessar mais longe. Depois, em sala de aula, poderá fazer um gráfico explicativo.
Pneus: Esses podem ser usados para várias brincadeiras, como pular dentro e fora, se equilibrar andando sobre a parte de sua lateral ou ainda quem consegue rolar o pneu de um determinado lugar até outro sem deixá-lo cair.
Que som é esse?: Com faixas de tnt preto, vendar os olhos dos alunos e fazer diferentes barulhos usando instrumentos musicais, latas, brinquedos, etc., a fim de que as crianças identifiquem os mesmos.
Caixa Surpresa: Com uma caixa de papelão encapada, o professor irá mandar para a casa de um aluno a fim de que os pais enviem algum material que possa ser descoberto pelas crianças. O professor vai fazendo descrições do material, até que as crianças descubram o que é.
Pega-Pega Diferente: Dividir a turma em dois grupos e identificá-los com lenços ou fitas de cores diferentes. Após o sinal do professor os grupos deverão pegar uns aos outros e a criança pega deverá ficar num espaço delimitado pelo professor. Vence o grupo que tiver mais pessoas que não foram pegas.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Borboletas

Borboletas

Victor e Leo

Composição: Victor Chaves
Percebo que o tempo já não passa
Você diz que não tem graça amar assim
Foi tudo tão bonito, mas voou pro infinito
Parecido com borboletas de um jardim
Agora você volta
E balança o que eu sentia por outro alguém
Dividido entre dois mundos
Sei que estou amando, mas ainda não sei quem
[refrão]
Não sei dizer o que mudou
Mas, nada está igual
Numa noite estranha a gente se estranha e fica mal
Você tenta provar que tudo em nós morreu
Borboletas sempre voltam
E o seu jardim sou eu
Percebo que o tempo já não passa
Você diz que não tem graça amar assim
Foi tudo tão bonito, mas voou pro infinito
Parecido com borboletas de um jardim
Agora você volta
E balança o que eu sentia por outro alguém
Dividido entre dois mundos,
Sei que estou amando, mas ainda não sei quem
[refrão]
Não sei dizer o que mudou
Mas, nada está igual
Numa noite estranha a gente se estranha e fica mal
Você tenta provar que tudo em nós morreu
Borboletas sempre voltam
E o seu jardim sou eu
[refrão]

O que é poesia

Poesia é alegria
é um pássaro cantando,
um palhaço alegrando
o seu público amigo.
É um lírio perfumado,
um cantor encantado
nas noites de frio.
Poesia é paz
é uma nota musical,
um instante magistral
de adorno e prazer.
É uma brisa que refresca,
numa tarde de festa
de alegria e lazer.

       (Elaine Oliveira)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ver o mundo pela tela do amor


Enquanto outros davam aulas de guarda-pó, giz na mão e quadro-
negro, ela ensinava o caminho das pedras pelas trilhas da criatidade
e do saber. Suas festas, nada comuns, bagunçavam uma cidade pequena de
pernas para o ar, porque muitos panos viravam roupas de dançarina,
sementes de rosário transformavam-se em adereços capazes de extrair
suspiros até da rainha da Inglaterra.
Bah...quanta criatividade! E o melhor: a meninada correndo e criando junto, gostando das atividades e aprendendo do mundo e aprendendo da vida.
Pessoa rara, com um carisma a flor da pele, coração grande demais para
um corpo pequeno, olhos além do óbvio, palavras sob medida para momentos certos, mãos habilidosas com o poder da criação.
Ver, a distância não conseguiu obscurecer o meu amor e nem ocultar a minha admiração.
Felicidade sempre.

Abraços carinhosos da Elaine

Fernando Pessoa

  • "A única atitude intelectual digna de uma criatura superior é a de uma calma e fria compaixão por tudo quanto não é ele próprio. Não que essa atitude tenha o mínimo cunho de justa e verdadeira; mas é tão invejável que é preciso tê-la".
- Fernando Pessoa

Fernando Pessoa


  • "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
- citado em "Qual o tempo do cuidado?" - Página 49, de MARIA JÚLIA PAES DE SILVA
 

Helena Kolody


As palavras-pássaros que Helena liberta

Defini-la como a Cecília Meireles do Paraná é pouco. Muito pouco! Em que pese a importância da autora de "Cancioneiro da Independência", a nossa Helena Kolody é uma poeta maior - que independe de comparações.
Algumas vezes, na profundidade de seu pequenos (grandes) versos pode lembrar o universo de observações de Mário Quintana. Pode-se incluí-la no mesmo patamar de um Drummond, um Bandeira - e, pela sua linguagem sempre atual, a João Cabral de Mello Neto.
Interpretações e ensaios ficam para os críticos. Para os leitores - e que estão, felizmente, crescendo - fica a emoção e a ternura que as palavras desta senhora de cabelos brancos expressão suave transmitem há mais de quatro décadas.
Respeitada por gerações como uma das mais marcantes mestres do Instituto de Educação do Paraná - cuja direção ocupou por muitos anos - a sua poesia, a partir de "Paisagem Interior" (1941, 106 páginas) sempre revelou as qualidades que só existem nas pessoas realmente iluminadas para o dom de poetar. Durante 44 anos, seus livros tiveram edições reduzidas, restritas portanto a um círculo de amigos e pessoas que realmente se interessavam em conhecer a poesia maior que fazia.
Uma poeta federal mas restrita ao âmbito municipal - como Cora Coralina (Ana Lins Peixoto, 1889-1985) em Goiás ou Manoel de Barros em Mato Grosso do Sul.
Poetas que com o dom da palavra mas a modéstia e a vida interior riquíssima nunca buscaram a promoção fácil e a badalação.
Felizmente apareceu um editor sensível, o professor e escritor Roberto Gomes que, há três anos, com "Sempre Palavra" (48 páginas, Criar Edições) fez com que a poética de Helena Kolody alcançasse novas dimensões. Em sua incrível modéstia, sem jamais ter qualquer vaidade ou pretensão, quando Gomes a procurou para assinar o contrato, ela perguntou:
- Mas quanto vou ter que pagar por esta edição?
Roberto lhe explicou que, pela primeira vez, iria receber pela sua poesia. O que até a chocou: jamais imaginou que ela pudesse resultar em dinheiro. Acostumada toda uma vida a viver modestamente de seu rendimento de professora do Estado, aposentada há muitos anos.
"Sempre Palavra" esgotou duas edições e "Poesia Mínima" (1986, 40 páginas, capa de Rogério Dias) confirmou que a poesia de Helena Kolody tinha um mercado nacional. Os pedidos se acumularam vindos de todas as partes, de pessoas que descobriam, fascinados, a dimensão de suas palavras.
Agora, quase como um presente de Natal, Roberto Gomes - nosso único grande editor, que faz da Criar um exemplo de casa publicadora - reuniu os vários livros de Helena numa edição especial: "Viagem no Espelho" (203 páginas, capa de Rogério Dias).
Um ensaio de Antônio Manoel ("Helena Kolody: Invenção e Disciplina") dá uma interpretação de sua obra - que comporta inúmeras outras leituras. Assim como a beleza de suas poesias podem estimular edições de livros-de-arte, com imagens e tratamento visual mais requintado - já que a edição de Criar é econômica, dentro da realidade de nosso mercado editorial. Mas é uma edição caprichada: o planejamento gráfico previu aproveitamento de fotos de arquivo de Helena - todos feitos no histórico Photo Brasil (quando aparecerá alguém para mostrar a importância deste Photo dentro de nossa cidade, documentando milhares de pessoas ao longo de mais de meio século?), afora duas fotos de Haraton Cezar Maravalhas, da autora, hoje, exibindo aquele sorriso de esperança, a mensagem de alegria qua a faz ser menina-poeta aos 76 anos, completados no dia 12 de outubro último.
Paranaense de Cruz Machado, filha dos ucranianos Miguel e Vitória Kolody, desde 1923 em Curitiba, a vida de Helena Kolody identifica-se como o ensino e o estudo, assim como a sua poesia tem a argamassa de quem sempre soube ver na natureza, nas aves, nas árvores o reflexo da vida - tão bem sintetizadas em suas centenas de versos.
Neste Natal, a (re)leitura das poesias de Helena Kolody vale como a melhor mensagem - pois em sua beleza e sabedoria, ela consegue dizer, em tão poucas palavras, tudo o que faz pensar e refletir neste nosso mundo de afetos cada vez mais contidos. E como tão genialmente definiu em "Pássaros Libertos":
Palavras são pássaros
Voaram!
Não nos pertencem mais

Concepção de Educação Infantil

1.INTRODUÇÃO


A Educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos. O processo de aquisição de uma nova identidade para as instituições que trabalham com crianças foi longo e difícil. Durante esse processo surge uma nova concepção de criança, totalmente diferente da visão tradicional. Se por séculos a criança era vista como um ser sem importância, quase invisível, hoje ela é considerada em todas as suas especificidades, com identidade pessoal e histórica.


Essas mudanças originaram-se de novas exigências sociais e econômicas, conferindo à criança um papel de investimento futuro, esta passou a ser valorizada, portanto o seu atendimento teve que acompanhar os rumos da história. Sendo assim, a Educação Infantil de uma perspectiva assistencialista transforma-se em uma proposta pedagógica aliada ao cuidar, procurando atender a criança de forma integral, onde suas especificidades (psicológica, emocional, cognitiva, física, etc...) devem ser respeitadas. Nessa perspectiva este artigo propõe uma discussão sobre a evolução histórica da concepção de infância e sua repercussão no atendimento destinado ás crianças em instituições de Educação Infantil.


2. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA


A concepção de infância dos dias atuais é bem diferente de alguns séculos atrás. É importante salientar que a visão que se tem da criança é algo historicamente construído, por isso é que se pode perceber os grandes contrastes em relação ao sentimento de infância no decorrer dos tempos. O que hoje pode parecer uma aberração, como a indiferença destinada à criança pequena, há séculos atrás era algo absolutamente normal. Por maior estranheza que se cause, a humanidade nem sempre viu a criança como um ser em particular, e por muito tempo a tratou como um adulto em miniatura.


De um ser sem importância, quase imperceptível, a criança num processo secular ocupa um maior destaque na sociedade, e a humanidade lhe lança um novo olhar. Para entender melhor essa questão é preciso fazer um levantamento histórico sobre o sentimento de infância, procurar defini-lo, registrar o seu surgimento e a sua evolução. Segundo Áries:


   o sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças, corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem ( Áries, 1978 : 99).


Nessa perspectiva o sentimento de infância é algo que caracteriza a criança, a sua essência enquanto ser, o seu modo de agir e pensar, que se diferencia da do adulto, e portanto merece um olhar mais específico.


Na Idade Média não havia clareza em relação ao período que caracterizava a infância, muitos se baseavam pela questão física e determinava a infância como o período que vai do nascimento dos dentes até os sete anos de idade, como mostra a citação da descrição feita por Le Grand Propriétaire (Ariès, 1978 : 6 ) :

 A primeira idade é a infância que planta os dentes, e essa idade começa quando a criança nasce e dura até os sete anos, e nessa idade aquilo que nasce é chamado de enfant (criança), que quer dizer não-falante, pois nessa idade a pessoa não pode falar bem nem tomar perfeitamente as palavras, pois ainda não tem seus dentes bem ordenados nem firmes...


Até o século XVII a sociedade não dava muita atenção às crianças. Devido às más condições sanitárias, a mortalidade infantil alcançava níveis alarmantes, por isso a criança era vista como um ser ao qual não se podia apegar, pois a qualquer momento ela poderia deixar de existir. Muitas não conseguiam ultrapassar a primeira infância. O índice de natalidade também era alto, o que ocasionava uma espécie de substituição das crianças mortas. A perda era vista como algo natural e que não merecia ser lamentada por muito tempo, como pode ser constatado no comentário de Áries “ ...as pessoas não podiam se apegar muito a algo que era considerado uma perda eventual...” (1978 : 22 ).


Na Idade Média a criança era vista como um ser em miniatura, assim que pudesse realizar algumas tarefas, esta era inserida no mundo adulto, sem nenhuma preocupação em relação à sua formação enquanto um ser específico, sendo exposta a todo tipo de experiência.


Segundo Áries, até o século XVII, a socialização da criança e a transmissão de valores e de conhecimentos não eram assegurados pelas famílias. A criança era afastada cedo de seus pais e passava a conviver com outros adultos, ajudando-os em suas tarefas. A partir daí, não se distinguia mais desses. Nesse contato, a criança passava dessa fase direto para a vida adulta. ( Áries, 1978 ).


A duração da infância não era bem definida e o termo “infância” era empregado indiscriminadamente, sendo utilizado, inclusive, para se referir a jovens com dezoito anos ou mais de idade ( Áries, 1989 ). Dessa forma, a infância tinha uma longa duração, e a criança acabava por assumir funções de responsabilidade, queimando etapas do seu desenvolvimento. Até a sua vestimenta era a cópia fiel da de um adulto. Essa situação começa a mudar, caracterizando um marco importante no despertar do sentimento de infância:


No século XVII, entretanto, a criança, ou ao menos a criança de boa família, quer fosse nobre ou burguesa, não era mais vestida como os adultos. Ela agora tinha um traje reservado à sua idade, que a distinguia dos adultos. Esse fato essencial aparece logo ao primeiro olhar lançado às numerosas  representações de criança do início do século XVII ( Áriès, 1978: 33 ).



As grandes transformações sociais ocorridas no século XVII contribuíram decisivamente para a construção de um sentimento de infância. As mais importantes foram as reformas religiosas católicas e protestantes, que trouxeram um novo olhar sobre a criança e sua aprendizagem. Outro aspecto importante é a afetividade, que ganhou mais importância no seio na família.


Essa afetividade era demonstrada, principalmente, por meio da valorização que a educação passou a ter. A aprendizagem das crianças, que antes se dava na convivência das crianças com os adultos em suas tarefas cotidianas, passou a dar-se na escola. O trabalho com fins educativos foi substituído pela escola, que passou a ser responsável pelo processo deformação. As crianças foram então separadas dos adultos e mantidas em escolas até estarem “prontas” para a vida em sociedade. ( Ariès, 1978 ).


Surge uma preocupação com a formação moral da criança e a igreja se encarrega em direcionar a aprendizagem, visando corrigir os desvios da criança, acreditava-se que ela era fruto do pecado, e deveria ser guiada para o caminho do bem. Entre os moralistas e os educadores do século XVII, formou-se o sentimento de infância que viria inspirar toda a educação do século XX (Áries, 1989). Daí vem a explicação dos tipos de atendimento destinados às crianças, de caráter repressor e compensatório.


De um lado a criança é vista como um ser inocente que precisa de cuidados, do outro como um ser fruto do pecado. Segundo kramer :


Nesse momento, o sentimento de infância corresponde a duas atitudes contraditórias: uma considera a criança ingênua, inocente e graciosa e é traduzida pela paparicação dos adultos, e a outra surge simultaneamente à primeira, mas se contrapõe à ela, tornando a criança um ser imperfeito e incompleto, que necessita da “moralização” e da educação feita pelo adulto ( kramer, 2003:18 ).


Esses dois sentimentos são originados por uma nova postura da família em relação à criança, que passa a assumir mais efetivamente a sua função, a família começa a perceber a criança como um investimento futuro, que precisa ser preservado, e portanto deve ser afastada de maus físicos e morais. Para Kramer ( 2003 : 18 ) “não é a família que é nova, mas, sim o sentimento de família que surge nos séculos XVI e XVII, inseparável do sentimento de infância.”

A vida  familiar ganha um caráter mais privado, e aos poucos a família assume o papel que antes era destinado à comunidade. É importante salientar que esse sentimento de infância e de família representa um padrão burguês, que se transformou em universal.  Segundo Kramer :


  1. ...a idéia de infância (... ) aparece com a sociedade capitalista, urbano-industrial, na medida em que mudam a sua inserção e o papel social da criança na comunidade. se, na sociedade feudal, a criança exercia um papel produtivo direto (“de adulto”) assim que ultrapassava o período de alta mortalidade, na sociedade burguesa ela passa a ser alguém que precisa de ser cuidada, escolarizada e preparada para uma função futura. Este conceito de infância  é pois, determinado historicamente pela modificação das formas de organização da sociedade        ( 2003 : 19 ).


No século XVIII, além da educação a família passou a se interessar pelas questões relacionadas à higiene e à saúde da criança, o que levou a uma considerável diminuição dos índices de mortalidade.


As mudanças beneficiaram as crianças da burguesia, pois as crianças do povo continuaram a não ter acesso aos ganhos representados pela nova concepção de infância, como o direito à educação e a cuidados mais específicos, sendo direcionadas para o trabalho.

A criança sai do anonimato e lentamente ocupa um espaço de maior destaque na sociedade. Essa evolução traz modificações profundas em relação à educação, esta teve que procurar atender as novas demandas que foram desencadeadas pela valorização da criança, pois a aprendizagem além da questão religiosa passou a ser um dos pilares no atendimento à criança. Segundo Loureiro :

...nesse período começa a existir uma preocupação em conhecer a mentalidade das crianças a fim de adaptar os métodos de educação a elas, facilitando o processo de aprendizagem. Surge uma ênfase na imagem da criança como um anjo, “testemunho da inocência batismal” e, por isso, próximo de Cristo ( 2005 : 36 ).


Percebe-se o caráter cristão ao qual a educação das crianças foi ancorado. Com o surgimento do interesse nas crianças, começou a preocupação em ajudá-las a adquirir o princípio da razão e a fazer delas adultos cristãos e racionais. Esse paradgma norteou a educação do século XIX e XX.
Hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente e que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da criança. Ela deve ter todas as suas dimensões respeitadas. Segundo Zabalza ao citar Fraboni:

a etapa histórica que estamos vivendo, fortemente marcada pela “transformação” tecnológico-científica e pela mudança ético-social, cumpre todos os requisitos para tornar efetiva a conquista do salto na educação da criança, legitimando-a finalmente como figura social, como sujeito de direitos enquanto sujeito social” (1998:68).


Assim, a concepção da criança como um ser particular, com características bem diferentes das dos adultos, e contemporaneamente como portador de direitos enquanto cidadão, é que vai gerar as maiores mudanças na Educação Infantil, tornando o atendimento às crianças de 0 a 6 anos ainda mais específico, exigindo do educador uma postura consciente de como deve ser realizado o trabalho com as crianças pequenas, quais as suas necessidades enquanto criança e enquanto cidadão.


3.O HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNDO


Durante muito tempo, o cuidado e a educação das crianças pequenas eram vistas como tarefas da família, principalmente das mães e de outras mulheres. Depois do desmame, a criança era percebida como um pequeno adulto, quando já alcançava certo grau de independência, passava a ajudar os adultos nas atividades cotidianas e a aprender o básico para sua inserção social. Não se considerava a identidade pessoal da criança.


Devido ao caráter familiar do atendimento à criança pequena, as primeiras denominações das instituições infantis fazem uma referência a esse aspecto, como o termo francês “creche” que significa manjedoura, presépio. E o termo italiano “asilo nido” que significa um ninho que abriga.


Nas sociedades primitivas, as crianças que se encontravam em situações desfavoráveis, como o abandono, eram cuidadas por uma rede de parentesco, ou seja, dentro da própria família. Na Idade Antiga, os cuidados eram oferecidos por mães mercenárias, que não tinham nenhum tipo de preocupação com as crianças, sendo que muitas morriam sob os seus cuidados. Na Idade Média e Moderna, existiam as “rodas” ( cilindros ocos de madeira, giratórios ), construídos em muros de igrejas ou hospitais de caridade, onde as crianças deixadas eram recolhidas. Dentro dessa perspectiva, fica evidenciado nas palavras de Oliveira que:


as idéias de abandono, pobreza, culpa e caridade impregnam assim, as formas precárias de atendimento a menores nesse período e vão permear determinadas concepções a cerca do que é uma instituição que cuida da Educação Infantil, acentuando o lado negativo do atendimento fora da família (OLIVEIRA, 2002 : 59 ).


Diante dessa situação, ficam claras as raízes da desvalorização do profissional de Educação Infantil, que precisa mudar esse esteriótipo, de que para se trabalhar com crianças não é necessário qualificação profissional, pois grande parte dos profissionais que atuam nessa área é de leigos, o que demonstra que, mesmo com tanto avanço no que diz respeito ao conceito de criança, ainda persiste um tipo de atendimento que só visa os cuidados físicos, deixando de lado os aspectos globais no atendimento das crianças.

Na Europa com a Revolução Industrial, a sociedade agrário-mercantil transforma-se em urbano-manufatureira, num cenário de conflitos, onde as crianças eram vítimas de pobreza, abandono e maus-tratos, com grande índice de mortalidade. Aos poucos o atendimento às crianças torna-se mais formal, como resposta a essa situação, foram surgindo instituições para o atendimento de crianças desfavorecidas ou crianças cujos pais trabalhavam nas fábricas (OLIVEIRA, 2002 ).


Nos séculos XVIII E XIX é originado dois tipos de atendimento às crianças pequenas, um de boa qualidade destinado às crianças da elite, que tinha como característica a educação, e outro que servia de custódia e de disciplina para as crianças das classes desfavorecidas.


Dentro desse cenário aumenta-se a discussão de como se deve educar as crianças. Pensadores como Comênio, Rousseau, Pestalozzi, Decroly, Froebel e Montessori configuram as novas bases para a educação das crianças. Embora eles tivessem focos diferentes, todos reconheciam que as crianças possuíam características diferentes dos adultos, com necessidades próprias (OLIVEIRA, 2002).


No século XX, após a primeira Guerra Mundial, cresce a idéia de respeito à criança, que culmina no Movimento das Escolas Novas, fortalecendo preceitos importantes, como a necessidade de proporcionar uma escola que respeitasse a criança como um ser específico, portanto, esta deveria direcionar o seu trabalho de forma a corresponder as características do pensamento infantil.


Na psicologia, na década de 20 e 30, Vygotsky defende a idéia de que a criança é introduzida no mundo da cultura por parceiros mais experientes. Wallon destaca a afetividade como fator determinante para o processo de aprendizagem. Surgem as pesquisas de Piaget, que revolucionam a visão de como as crianças aprendem, a teoria dos estágios de desenvolvimento. As teorias pedagógicas se apropiam gradativamente das concepções psicológicas, especialmente na Educação Infantil, impulsionando o seu crescimento.


No contexto de pós-segunda Guerra mundial, surge a preocupação com a situação social da infância e a idéia da criança como portadora de direitos. A ONU promulga em 1959, a Declaração dos Direitos da Criança, em decorrência da Declaração dos Direitos Humanos, esse é um fator importante para a concepção de infância que permeia a contemporaneidade, a criança como sujeito de direitos.


4. O HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL


A história da Educação Infantil no Brasil, de certa forma, acompanha os parâmetros mundiais, com suas características próprias, acentuada por forte assistencialismo e improviso. As crianças da área urbana eram colocadas nas “rodas expostas” para serem recolhidas pelas instituições religiosas, muitas dessas crianças eram de mães que pertenciam às famílias tradicionais.


No início do século XIX, para tentar resolver o problema da infância, surgem iniciativas isoladas, como a criação de creches, asilos e internatos, que eram vistos como instituições destinadas a cuidar de crianças pobres. Estas instituições apenas encobriam o problema e não tinham a capacidade de buscar transformações mais profundas na realidade social dessas crianças.

No final do século XIX, com o ideário liberal, inicia-se um projeto de construção de uma nação moderna. A elite do país assimila os preceitos educacionais do Movimento das Escolas Novas, elaboradas nos centros de transformações sociais  ocorridas na Europa e trazidas ao Brasil pela influência americana e européia. Surge no Brasil a idéia de “jardim-de-infância” que foi recebida com muito entusiasmo por alguns setores sociais, mas gerou muito discussão, pois a elite não queria que o poder público não se responsabilizasse pelo atendimento às crianças carentes. Com toda polêmica, em 1875 no Rio de Janeiro e em 1877 em São Paulo, eram criados os primeiros jardins-de-infância, de caráter privado, direcionados para crianças da classe alta, e desenvolviam uma programação pedagógica inspirada em Froebel (OLIVEIRA, 2002).


Na metade do século XX, com a crescente industrialização e urbanização do país, a mulher começa a ter uma maior inserção no mercado de trabalho, o que provoca um aumento pelas instituições que tomam conta de crianças pequenas. Começa a se delinear um atendimento com forte caráter assistencialista.


Nos anos 70, o Brasil absorve as teorias desenvolvidas nos Estados Unidos e na Europa, que sustentavam que as crianças das camadas sociais mais pobres sofriam de “privação cultural” e eram colocadas para explicar o fracasso escolar delas, esta concepção vai direcionar por muito tempo a Educação Infantil, enraizando uma visão assistencialista e compensatória, como afirma Oliveira:

conceitos como carência e marginalização cultural e educação compensatória foram então adotados, sem que houvesse uma reflexão crítica mais profunda sobre as raízes estruturais dos problemas sociais. Isso passou a influir também nas decisões de políticas de Educação Infantil (OLIVEIRA, 2002:109).


Dessa forma, pode-se observar a origem do atendimento fragmentado que ainda faz parte da Educação Infantil destinada às crianças carentes, uma educação voltada para suprir supostas “carências”, é uma educação que leva em consideração a criança pobre como um ser capaz, como alguém que não responderá aos estímulos dados pela escola.

Nos anos 80, com o processo de abertura política, houve pressão por parte das camadas populares para a ampliação do acesso à escola. A educação da criança pequena passa a ser reivindicada como um dever do Estado, que até então não havia se comprometido legalmente com essa função. Em 1888, devido à grande pressão dos movimentos feministas e dos movimentos sociais, a Constituição reconhece a educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e um dever do Estado.


Nos anos 90, ocorreu uma ampliação sobre a concepção de criança. Agora procura-se entender a criança como um ser sócio-histórico, onde a aprendizagem se dá pelas interações entre a criança e seu entorno social. Essa perspectiva sócio-interacionista tem como principal teórico Vigotsky, que enfatiza a criança como sujeito social, que faz parte de uma cultura concreta (OLIVEIRA,2002).


Há um fortalecimento da nova concepção de infância, garantindo em lei os direitos da criança enquanto cidadã. Cria-se o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente); a nova LDB, Lei nº9394/96, incorpora a Educação Infantil como primeiro nível da Educação Básica, e formaliza a municipalização dessa etapa de ensino.


Em 1998, é criado RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil), um documento que procura nortear o trabalho realizado com crianças de 0 à 6 anos de idade. Ele representa um avanço na busca de se estruturar melhor o papel da Educação Infantil, trazendo uma proposta que integra o cuidar e o educar, o que é hoje um dos maiores desafios da Educação Infantil. É preciso afirmar que as propostas trazidas pelo RCN só podem se concretizar na medida em que todos os envolvidos no processo busquem a efetiva implantação das novas propostas, se não ele vai se tornar apenas um conjunto de normas que não saem do papel.

5. Considerações Finais


Através desse estudo histórico, pode-se constatar que o conceito de infância repercute fortemente no papel da Educação Infantil, pois direciona todo o atendimento prestado à criança pequena. Dessa maneira, a Educação Infantil está intrisicamente ligada ao conceito de infância, tendo a sua evolução marcada pelas transformações sociais que originaram um novo olhar sobre a criança.
A educação voltada para criança pequena só ganhou notoriedade quando esta passou a ser valorizada pela sociedade, se não houvesse uma mudança de postura em relação à visão que se tinha de criança, a Educação Infantil não teria mudado a sua forma de conduzir o trabalho docente, e não teria surgido um novo perfil de educador para essa etapa de ensino. Não seria cobrado dele especificidade no seu campo de atuação, e a criança permaneceria com um atendimento voltado apenas para questões físicas, tendo suas outras dimensões, como a cognitiva, a emocional e a social despercebidas.
Não se pode perder de vista, que o conceito de infância construído pela humanidade ocasionou uma padronização da criança, como se esta fosse um ser universal, sem características próprias de cada sociedade e de cada contexto histórico.
Por isso, a Educação infantil terminou sendo um bem da criança burguesa, e uma proposta distante das crianças pobres. Apesar da Educação Infantil no Brasil ter sido institucionalizada como direito das crianças, poucas têm acesso a um atendimento de qualidade, com professores que desconhecem os pressupostos pedagógicos que devem direcionar o trabalho com crianças pequenas, descaracterizando a especificidade da Educação Infantil.







REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:


ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro. LTC,1978.

FRABBONI, Franco. A Escola Infantil entre a cultura da Infância e a ciência pedagógica e didática. In: ZABALZA, Miguel A. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre. Artmed, 1998.

KRAMER, Sônia. A Política do pré-escolar no Brasil: A arte do disfarce. 7ª edição. São Paulo: Cortez, 2003.

LOUREIRO, Stefânie Arca Garrido. Alfabetização: uma perspectiva humanista
e progressista. Belo Horizonte. Autêntica, 2005.

OLIVEIRA, Zilma Rams de Oliveira. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2005.

Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretária de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF,1998. Vol.1.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Em suas mãos

Em suas mãos o meu fardo é mais leve;
em seus olhos vejo o mundo com as cores do amor;
em suas palavras sinto o frescor da manhã pela firmeza
e ao mesmo tempo docilidade que chegam aos meus ouvidos;
em sua companhia o meu coração fica em paz,
enxergo as flores e não vejo espinhos,
observo os pingos de chuva e o nascimento das plantas,
a alegria dos pássaros e a beleza da natureza.
Só você é capaz de me ensinar o que é o amor todos os dias
sem me cansar.
Amo amar você.


       Para o meu amigo Jesus

               Elaine Oliveira


Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?" Cecília Meireles

Paisagem

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Ieda