Detalhes tão pequenos de nós dois

Detalhes tão pequenos de nós dois



sexta-feira, 12 de novembro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Poesias de Mário Quintana

Meu Quintana, os teus cantares



Não são, Quintana, cantares:


São, Quintana, quintanares.
Quinta-essência de cantares...


Insólitos, singulares...


Cantares? Não! Quintanares
Quer livres, quer regulares,


Abrem sempre os teus cantares


Como flor de quintanares.
São cantigas sem esgares.


Onde as lágrimas são mares


De amor, os teus quintanares.
São feitos esses cantares


De um tudo-nada: ao falares,


Luzem estrelas luares.
São para dizer em bares


Como em mansões seculares


Quintana, os teus quintanares.
Sim, em bares, onde os pares


Se beijam sem que repares


Que são casais exemplares.
E quer no pudor dos lares.


Quer no horror dos lupanares.


Cheiram sempre os teus cantares
Ao ar dos melhores ares,


Pois são simples, invulgares.


Quintana, os teus quintanares.
Por isso peço não pares,


Quintana, nos teus cantares...


Perdão! digo quintanares.
    ( Manuela Bandeira)
Homenagem a Quintana

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Poeminho do Contra

 

Todos esses que aí estão

Atravancando meu caminho,

Eles passarão...

Eu passarinho!

(Prosa e Verso, 1978)

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Fere de leve a frase... E esquece... Nada


Convém que se repita...

Só em linguagem amorosa agrada

A mesma coisa cem mil vezes dita.
Mario Quintana

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DO AMOROSO ESQUECIMENTO



Eu agora - que desfecho!

Já nem penso mais em ti...

Mas será que nunca deixo

De lembrar que te esqueci?
Mario Quintana - Espelho Mágico
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DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos se não fora

A mágica presença das estrelas!
Mario Quintana - Espelho Mágico
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ESPELHO


Por acaso, surpreendo-me no espelho:

Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu? (...)

Parece meu velho pai - que já morreu! (...)

Nosso olhar duro interroga:

"O que fizeste de mim?" Eu pai? Tu é que me invadiste.

Lentamente, ruga a ruga... Que importa!

Eu sou ainda aquele mesmo menino teimoso de sempre

E os teus planos enfim lá se foram por terra,

Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!

Vi sorrir nesses cansados olhos um orgulho triste...
Mario Quintana

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DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...

Estuda, a frio, o coração alheio.

Farás, assim, do mal que eles te querem,

Teu mais amável e sutil recreio...
Mario Quintana - Espelho Mágico
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DISCRIÇÃO

Não te abras com teu amigo

Que ele um outro amigo tem.

E o amigo do teu amigo

Possui amigos também...

Mario Quintana - Espelho Mágico
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DOS MILAGRES



O milagre não é dar vida ao corpo extinto,

Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo...

Nem mudar água pura em vinho tinto...

Milagre é acreditarem nisso tudo!
Mario Quintana
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Biografia de Mário Quintana

Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês.



No ano de 1914 inicia seus estudos na Escola Elementar Mista de Dona Mimi Contino.
Em 1915, ainda em Alegrete, freqüentou a escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, onde conclui o curso primário. Nessa época trabalhou na farmácia da família. Foi matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato, no ano de 1919. Começa a produzir seus primeiros trabalhos, que são publicados na revista Hyloea, órgão da Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio.
Por motivos de saúde, em 1924 deixa o Colégio Militar. Emprega-se na Livraria do Globo, onde trabalha por três meses com Mansueto Bernardi. A Livraria era uma editora de renome nacional.
No ano seguinte, 1925, retorna a Alegrete e passa a trabalhar na farmácia de seu pai. No ano seguinte sua mãe falece. Seu conto, A Sétima Personagem, é premiado em concurso promovido pelo jornal Diário de Notícias, de Porto Alegre.
O pai de Quintana falece em 1927. A revista Para Todos, do Rio de Janeiro, publica um poema de sua autoria, por iniciativa do cronista Álvaro Moreyra, diretor da citada publicação.
Em 1929, começa a trabalhar na redação do diário O Estado do Rio Grande, que era dirigida por Raul Pilla. No ano seguinte a Revista do Globo e o Correio do Povo publicam seus poemas.
Vem, em 1930, por seis meses, para o Rio de Janeiro, entusiasmado com a revolução liderada por Getúlio Vargas, também gaúcho, como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre.
Volta a Porto Alegre, em 1931, e à redação de O Estado do Rio Grande.
O ano de 1934 marca a primeira publicação de uma tradução de sua autoria: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Começa a traduzir para a Editora Globo obras de diversos escritores estrangeiros: Fred Marsyat, Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant, dentre outros. O poeta deu uma imensa colaboração para que obras como o denso Em Busca do Tempo Perdido, do francês Marcel Proust, fossem lidas pelos brasileiros que não dominavam a língua francesa.
Retorna à Livraria do Globo, onde trabalha sob a direção de Érico Veríssimo, em 1936.
Em 1939, Monteiro Lobato lê doze quartetos de Quintana na revista lbirapuitan, de Alegrete, e escreve-lhe encomendando um livro. Com o título Espelho Mágico o livro vem a ser publicado em 1951, pela Editora Globo.
A primeira edição de seu livro A Rua dos Cataventos, é lançada em 1940 pela Editora Globo. Obtém ótima repercussão e seus sonetos passam a figurar em livros escolares e antologias.
Em 1943, começa a publicar o Do Caderno H, espaço diário na Revista Província de São Pedro.
Canções, seu segundo livro de poemas, é lançado em 1946 pela Editora Globo. O livro traz ilustrações de Noêmia.
Lança, em 1948, Sapato Florido, poesia e prosa, também editado pela Globo. Nesse mesmo ano é publicado O Batalhão de Letras, pela mesma editora.
Seu quinto livro, O Aprendiz de Feiticeiro, versos, de 1950, é uma modesta plaquete que, no entanto, obtém grande repercussão nos meios literários. Foi publicado pela Editora Fronteira, de Porto Alegre.


Em 1951 é publicado, pela Editora Globo, o livro Espelho Mágico, uma coleção de quartetos, que trazia na orelha comentários de Monteiro Lobato.
Com seu ingresso no Correio do Povo, em 1953, reinicia a publicação de sua coluna diária Do Caderno H (até 1967). Publica, também, Inéditos e Esparsos, pela Editora Cadernos de Extremo Sul - Alegrete (RS).


Em 1962, sob o título Poesias, reúne em um só volume seus livros A Rua dos Cataventos, Canções, Sapato Florido, espelho Mágico e O Aprendiz de Feiticeiro, tendo a primeira edição, pela Globo, sido patrocinada pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul.
Com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, é publicada sua Antologia Poética, em 1966, pela Editora do Autor - Rio de Janeiro. Lançada para comemorar seus 60 anos, em 25 de agosto o poeta é saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o seguinte poema, de sua autoria, em homenagem a Quintana:






sábado, 2 de outubro de 2010

Por que sou Adventista do Sétimo Dia?

Com certeza não é apenas porque acredito que o sábado é o dia de descanso, de adoração ao Senhor e nem porque vou à igreja aos sábados. Sou Adventista do Sétimo Dia também e mais ainda porque acredito na volta de Jesus para buscar àqueles que seguiram os seus mandamentos, principalmente ao que diz: amai ao próximo como a ti mesmo. Quem ama o próximo tem um coração bondoso, sublime, capaz de ver com os olhos complacentes de Jesus Cristo.
  

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sempre é bom viver - Elaine Oliveira

Ontem ,esqueci de olhar o sol,
 havia contas a pagar, um caminho longo a trilhar.
 Esqueci de abrir a janela do quarto e cumprimentar as estrelas,
 tive que assistir a novela, guardar os brinquedos, fazer o jantar.

 Ontem, no elevador, esqueci de dizer bom dia,
 quando vi já eram três da tarde.
 Não escrevi um bilhetinho de amor, porque havia
 tarefas do trabalhado para terminhar.

 Hoje, já não é ontem e por isso
 passou a oportunidade de ser feliz.
 Não quero mais esquecer que existo, que existem
 pessoas à minha volta que precisam de mim.
 Não quero mais esquecer de viver.
                                             

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Invisível a olhos humanos

 Todos os dias eu o vejo, movimentos lentos, pois é deficiente físico. É um cuidador
de flores, planta, cuida, tira as ervas daninhas e enfeita o espaço onde trabalhamos.
 Fico imaginando que as pessoas passam por ele e não o veem, passa imperceptível,
como se não fosse ninguém...será que também não veem o jardim que ele planta?
  Não importa, continua o seu trabalho dando lições diárias de vida, pena que os corações estejam tão entristecidos, tão amargurados, preocupados com suas próprias dores, incapazes de enxergar um palmo diante do seu nariz.

                 Elaine Oliveira

domingo, 25 de julho de 2010

Inventor de Maravilhas

Ele era um homem comum por fora,



Mas por dentro daquela mente imaginativa,


Inventava histórias e borbulhava poesias.


Mistura de humano e bruxo, fazia dos


Dias de chuva, sombrios, manto


Verdejante de jasmim.


Ora ou outra empurrava a brasa e


O fogo que parecia morto


Voltava a esquentar o café em cima do fogão


À lenha.


Não havia preguiça para a leitura


Que bastava uns óculos embaçados


Pela fumaça do fogão antigo


E vinha uma, duas, cinco


Poesias para encantar meu coração.


Lá se foram os livros, a cadeira azul de balanço


E a sua voz brincalhona...tudo se perdeu no tempo,


Menos o que foi recolhido no fundo das minhas emoções.

Elaine Oliveira

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Pipoca ( Rubem Alves )

A Pipoca
A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-mo a algo que poderia ter o nome de ‘culinária literária’. Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como ‘chef’. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo - porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela.

Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos, são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblê baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblê...
A pipoca é um milho mirrado, sub-desenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!

E o que é que isso tem a ver com o Candomblê? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa - voltar a ser crianças!
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! - e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. ‘Morre e transforma-te!’ - dizia Goethe
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da UNICAMP, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas ‘piruá’ é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: ‘Fiquei piruá!’ Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: ‘Quem preservar a sua vida perde-la-á.’ A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira.

Encantos Infantis

As asas das borboletas, o voo sem pressa do passarinho, um barulho
aqui, outro ali, tudo é interessante para olhos tão puros.
O que acontece com os olhos dos adultos? Já não têm encantamento,
a vida de todo dia que poderia ir aperfeiçoando a beleza da vida, ao contrário, obscurece, dando lugar a um tom nebuloso, sem graça, quase sem razão de ser.
A criança, que há pouco, quase inexistia no seio das famílias, é capaz de espalhar ensinamentos ao adulto. Tudo nela é emoção, é vontade, é olhar cheio de vivacidade às criações das mãos divinas.
Que possamos imitá-las, dar tempo à correria do que se chama vida e
prestar mais atenção à nossa volta, conquistando, assim...simplesmente
a tão sonhada felicidade.

                                                                              Elaine Oliveira

sábado, 19 de junho de 2010

Quem é Deus para mim?

É acordar de manhã e saber que estou viva
é olhar pela janela e sentir o calor do sol,
o mistério do mar, a liberdade dos pássaros.
Deus é a aliança quando nasce o sol após a chuva,
em formato de arco-íris,
é a presença das estrelas no céu pelo encantamento
de olhos apaixonados,
é aceitar que sou quem sou, não pelo que eu tenho,
mas pela essência que Ele assumiu em mim.
Deus é a paz que encontro quando faço oração,
É a alegria que sinto ao ouvir a voz das pessoas
Que amo e a aceitação daquelas que não têm
sintonia comigo
Deus é a palavra, a frase, a história, a música,
a poesia...é o maior poeta do mundo.
Deus está no meu marido, nos meus filhos,
seres únicos e verdadeiros, presentes
valiosos que do céu desceram embrulhados
pela fé, pela esperança e pela vontade
de viver, apesar de tantos pesares.
Deus é a minha vida.
(Elaine Oliveira)

sábado, 1 de maio de 2010

Pelos seus olhos conheci o mundo literário

   Foram momentos marcantes em minha vida: uma cozinha, um
fogão de lenha e doces histórias. Histórias e poesias contadas e
declamadas por um homem simples, mas de uma sensibilidade e
inteligência raras. Ensinou-me um mundo além do meu mundo, o
que se encontrava nos livros. E com ele peguei carona nos contos
de Machado de Assis, na Iracema de José de Alencar, nas poesias de Manuel Bandeira, Casimiro de Abreu ( seu escritor
favorito ).
   A leitura era o seu hobby e a magia que retirava da leitura e passava para mim ficará para sempre em minha lembrança, principalmente da última vez que nos vimos e ainda lúcido, declamou com aquela emoção que lhe era peculiar: Meus oito anos (Casimiro de Abreu). Em seus últimos momentos de vida já não conseguia segurar os livros, muito menos ler, mas o exemplo ficará a mim e aos meus filhos, com certeza.
   Adeus meu paizinho do coração!

                  (Elaine Oliveira)

quinta-feira, 25 de março de 2010

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Que crianças são essas?

Que crianças são essas que vão à escola pela primeira vez?
Cheias de sonhos, mochila nova, material novo, pensando que escola é um pedaço do seu lar?
Que crianças são essas que não param no lugar: mexem a cabeça,
gritam, cantam, riem, caem, mas se levantam,porque a vida ainda
é criança e não pode parar.
Que crianças são essas que não sabem ler, mas contam "causos", compõem músicas, sabem do sol, da lua e estrelas e que na bandeja a vovó vai servir um delicioso brigadeiro?
Que professora vão encontrar?
Alegre, companheira, carinhosa,
ou cara fechada, indiferente,
agindo como adulto, sem lembrar
que um dia também foi uma criança?
Que crianças são essas?

  Elaine Oliveira

Mário Quintana - o poeta do coração


marioquintana.blogspot.com

   Que poeta foi Mário Quintana?
   O poeta da simplicidade, dos versos verdadeiros e sábios que todos nós, pequenos
mortais, gostaríamos de ter escrito.
   É o meu poeta preferido.

          Elaine Oliveira

Domingo abençoado e cheio de amor!




Elaine Oliveira

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Mil e uma noites de amor - Pepeu Gomes



Que poesia sou eu?
De madrugada, sem sono,
flertando os planos mil
que chegam e não cabem
num só coração que bate...
continua batendo
e retirando a força
que pouco a pouco se
transforma em sono.

Que poesia sou eu?
Amanheço e me espreguiço
no sol de março que logo
cede a vez para a chuva do fim
do verão e me perco entre a emoção,
a solidão, a magia, a nostalgia,
que poesia sou eu?

Que poesia sou eu?
Estudo, pesquiso, leio,
me arrepio em cada verso da poesia,
em cada nota da música,
em cada pincelar no quadro de
Renoir.
Que poesia sou eu?

Que poesia sou eu?
Meu olhar se perde
na mata verdejante,
estonteante e eu giro,
grito ao mundo que estou
viva e que a vida é uma poesia.

          Elaine Oliveira

Brasileirinho - Baby Consuelo



Vários caminhos percorridos: cidades lindas, floridas, arborizadas, pessoas, outras línguas, novas culturas.Nada igual ao Brasil. Como tão bem descreveu Gonçalves Dias, quando estava em exílio:
Canção do Exílio

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossas flores têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
em que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."


Amo o meu país: Brasil!!!


         Elaine Oliveira

A nova visão do gestor no planejamento da escola

O Planejamento dá suporte e qualidade ao trabalho pedagógico. Toda escola precisa se planejar para poder cumprir com o currículo seja ele de conteúdo seja de festividades. Muito bem, agora eu pergunto: Como planejar ações para o futuro se o futuro é inserto? Uma alternativa será fazer um planejamento a curto prazo.
Será eficiente?
Será que um planejamento para um prazo muito curto pode gerar insegurança no gestor?


Sabemos que o professor planeja para a semana, logo o prazo do planejamento é curto e assim mesmo o professor tem autonomia para adequar caso surjam imprevistos, como foi o episódio da Gripe H1N1 que mobilizou todos os professores para que trabalhassem as ações de prevenção, contágio e novos hábitos.

Porém, o gestor foi pego de surpresa, assim como todos nós, porém a ele competia tomar decisões importantes e imediatas. Ele teve que agir mudando todo o curso do seu planejamento anual prorrogando o início das aulas após as férias de inverno em 15 dias. Esta ação trouxe inúmeros contratempos que ele não pôde visualizar justamente em razão da falta de planejamento diante desta situação emergencial. Esta ação abalou todo o caminhar do segundo semestre do ano letivo. Escolas tiveram que trabalhar durante todos os sábados até o final do semestre, outras ocuparam até o domingo. Feriados foram cancelados para substituir as aulas não dadas no período dos 15 dias de suspensão. Veja o transtorno que uma ação fora do planejamento pode ocasionar.
Quando não há planejamento fica-se à mercê dos efeitos da ação.
O professor até conseguiu encaixar o tema H1N1 no currículo de forma eficaz e se não fosse a parte burocrática do cumprimento dos dias letivos ele nem precisaria compensar porque o conteúdo foi adequado ao novo quadro. Diga-se de passagem, esta compensação foi totalmente antiprodutiva porque cansou os alunos, que a maioria não compareceu nas reposições, e cansou os professores. Este efeito antiprodutivo se deveu ao não planejamento e consequente improviso.


É certo que no século passado o improviso praticamente não existia. A rotina era uma constante na vida das pessoas bem como da escola e dos estudantes. Hoje a rotina deu lugar ao imediatismo. Tudo tem que acontecer agora, logo o planejamento também tem que evoluir e ter um caráter imediatista. Mas como juntar estas pontas antagônicas e colocá-las em prática?


Analisando dá para ter certeza que aquele planejamento para a escola da era industrial, onde todos marchavam com o mesmo pé para chegarem todos, alinhados, ao final da trajetória, não há mais espaço para ele. Também não podemos esquecer que neste modelo de educação o resultado só era comprovado no final do percurso. O aluno só constatava que não iria passar para a série seguinte no final do ano. Era somente nesta época que se tomava conhecimento que houve falhas.
Hoje já há processos avaliativos durante todo o percurso para que mudanças sejam efetuadas caso haja necessidade. Compete ao gestor transformar os dados da avaliação em informações e tomar novas atitudes com o objetivo de modificar o resultado obtido.



Hoje o planejamento realizado pelo gestor deve abranger todas as áreas que integram a escola, ou seja, desde os responsáveis pelo apoio (limpeza) até o Coordenador Pedagógico. É importante intersectar o planejamento das diferentes áreas.Todos devem integrar e ter participação ativa, pois como todos estão unidos por um ponto em comum, que é o de trabalhar na escola e ter contato com o aluno, todos devem participar na elaboração e na execução do planejamento.

As diversas medidas vistas por diferentes âmbitos tem muito mais chance de dar certo do que a observada por um único foco.

Nas escolas que trabalhei sempre tive o cuidado de fazer enquetes com os alunos sobre o que eles gostariam de mudar na escola. O resultado era surpreendente, pois elencavam problemas sob o ponto de vista que jamais enxergaríamos. Muitas vezes exigiam medidas tão simples e com resultados tão eficientes que era motivador fazer a enquete.
O que o gestor tem que saber é aonde quer chegar com o planejamento, quais são os objetivos que devem ser alcançados de uma maneira ampla dando autonomia para todos que trabalham na escola, afinal todos tem que ter a mesma meta a atingir.
 
Fonte: blog educar,já - Cybele Meyer






sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Aniversário

Hoje foi a comemoração do nosso aniversário: Elaine, Patty, Zulminha e Elza. As pessoas que amamos e nos amam  foram para dividir conosco a satisfação e o prazer de estarmos vivas.
 Local: um café colonial. Vários sabores se misturaram, fotos, clicks mágicos, poses, risadas e doces abraços.
 A vida precisa ser comemorada sempre, não apenas em dias de festa.

          Elaine Oliveira
"Nada que é humano nos é estranho".

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Charles Chaplin - o dom do riso



Frases que não morrem jamais e devem ser praticadas em nosso dia a dia.

                   Elaine Oliveira

Horizonte - Fernando Pessoa

Cora Coralina - poeta e doceira

Saber viver

Cora Coralina


Não sei... Se a vida é curta


Ou longa demais pra nós,


Mas sei que nada do que vivemos


Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.






Muitas vezes basta ser:


Colo que acolhe,


Braço que envolve,


Palavra que conforta,


Silêncio que respeita,


Alegria que contagia,


Lágrima que corre,


Olhar que acaricia,


Desejo que sacia,


Amor que promove.






E isso não é coisa de outro mundo,


É o que dá sentido à vida.


É o que faz com que ela


Não seja nem curta,


Nem longa demais,


Mas que seja intensa,


Verdadeira, pura... Enquanto durar.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Feliz Páscoa!!!

When love takes over- David Guetta



Cabelos ao vento...carro deslizando na estrada da emoção. Rádio ligado: When love takes over. Tudo de bom.
Leio nas entrelinhas do momento: felicidade ao encontro. Uau!!! O coração bate a mil, estou de volta ao mundo das pessoas que almejam viver e desfrutar a amizade, o amor, viagens, novos horizontes.
Obrigada meu Deus pelo dom da vida.

                  Elaine Oliveira                      

Feliz Páscoa!

Elaine Oliveira

Águas de Março - Elis Regina



Março está chegando, verão quase na despedida e aquele arrepio já se percebe pelo ar. Gostava tanto do verão: corpo dourado, passarinhos cantando, soltos, leves...agora, entretando, depois de morar nos USA por dois anos, acostumei com o frio, com a neve e sinto mais disposição e vontade de dormir.
O tempo está correndo, não conseguimos retê-lo com nossas mãos...já passou o Natal, a entrada de ano, o Carnaval e estamos aguardando a Páscoa. Que sentido tem essa data às pessoas religiosas? A ressurreição de Jesus Cristo. Quando chega, as pessoas se preocupam com bens materiais: chocolates, comércio, presentes, mas e o sentido, a essência onde fica escondida?
Que nesta Páscoa possamos analisar o ser humano que somos e refletir sobre a nossa obra, o que estamos deixando de bom às outras pessoas aqui na terra. Se Jesus ressuscitou nos dando a esperança da vida eterna, o que efetivamente estamos realizando para merecer esse desvelo e amor.
As águas de março estão chegando, que elas possam lavar a nossa alma e purificar o nosso coração.

                Feliz Páscoa!

                    Elaine

Tarde em Itapuã - Vinícius de Moraes e Toquinho

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010



A saudade aperta o coração. As lembranças, uma a uma, fazem redemoinho à minha
volta.

             Elaine Oliveira

Cris

                                Esta bonequinha representa a minha aluninha inesquecível
                                Cristina.

                                        Elaine Oliveira

Tudo é vaidade...é correr atrás do vento ( Salomão )


Tempo do tempo








Nikita - Elton John

O que existe de bom em mim?

Não vivo o presente...estou sempre pensando no que vai acontecer e poucas vezes me lembro do passado. Coisas de aquariana? Sei lá...
Na escola, quando minha mãe era chamada para uma conversa, a tônica era sempre a mesma: a Elaine é um mimo: educada, responsável, mas vive no mundo da lua, não presta atenção às aulas.
Minha mãe voltava triste, decepcionada e lá vinha sermão, porque o estudo sempre foi o tema principal de minha casa. Mas sempre passava de ano em todas as matérias, logicamente com notas altíssimas em Língua Portuguesa.
Enquanto os professores ministravam suas aulas, eu criava poesias, textos os mais inusitados, todavia eles não entendiam.
Sou muito carinhosa e verdadeira, quando não gosto de alguém fico de longe, não atrapalho, mas evito. Entretanto, se essa pessoa precisar de mim sempre estou pronta a atendê-la.
Amo Deus, amo a vida, amo a natureza, amo o ser humano , amo a minha família.
Sou feliz demais por estar viva e gostaria muito que ficasse um pouco de mim nas pessoas que conheci, nos lugares que passeei, nas obras que realizei.

            Elaine Oliveira

I look to you - Whitney Houston

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Amor que fica - Ivete Sangalo e Zezé Dicamargo

Ana Carolina e Seu Jorge - É isso aí

Marina Lima - Fullgás

Carol, minha norinha

A casa da minha infância

Simples, mas logo na entrada, um belo jardim enchia os olhos de felicidade, sem contar que pela janela um cheirinho delicioso de pão feito na hora com manteiga derretendo aguçava o paladar. Na cozinha, uma mulher pequena e linda não parava um só instante, aqui e ali, com a sua lida diária para manter a casa em ordem.
No fundo, um abacateiro era um bom ouvinte. Assistia a risos e lágrimas, poesias declamadas ao luar, de vez em quando a conjugação do verbo amar. Quando chegava às três horas aquela voz suave, mas firme chamava: " filha, o café está pronto". Acordava dos meus eternos sonhos e subia os dezesseis graus aos pulos, tão certa estava da delícia que se encontrava na mesa.
Hoje, já não existe aquela sensação de alegria, a casa não está mais completa, falta ela, a mãe que fazia um ovo virar um banquete. Mesmo assim, a saudade é um sentimento que me faz crer que a minha infância foi uma época intensa e repleta de amor.


  Elaine Oliveira





Mais uma despedida

Brisa leve desalinha os cabelos e
faz os pensamentos se perderem no ar.
O dia amanheceu condizente ao estado de espírito: desolado,sem sol, sem vida, sem
alegria.
Mais uma vez você se vai deixando em meu coração um vazio indescritível. As perguntas começam a tomar forma e as respostas não satisfazem.
A vida continua com a esperança de um retorno breve, momentos de amor, de planos e sonhos , mesmo sabendo que depois tudo se esvai e a solidão novamente habita um coração apaixonado.

           Elaine Oliveira

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O que tem por trás do olhar do Professor?

Um cantor, que canta e encanta com canções
mostrando a magia da vida.
Um compositor que inventa, tenta, sai do
comum e deixa a sala com um tom de alegria.
Uma costureira que costura a inocência, o sonho,
a fantasia, faz um vestido  lindo e envolve de anjo cada criança.
Um artesão que esculpe cada talento e transforma em dom.
Um engenheiro habilidoso que constrói peça por peça
transformando os conteúdos num edifício chamado saber.
Um contador de histórias que traz para a sala príncipes,
pincesas, bruxas, cenário encantado e transforma vidas
tristes, monótonas e cinzentas em esperança, forma e
paixão.
Um poeta que faz dos versos raios de sol, da pedra fria um
anzol e ensina a pescar e ensina a viver.

              Elaine Oliveira

O que ficou de mim em meus alunos?

Talvez...a voz serena, meio mãe, meio avó, meio madrinha,
nunca gritos,,,
O jeito de ouvir, mais que falar,de procurar entender
as mais inusitadas manifestações de revolta e
por isso mesmo saber lidar com a diversidade tão bem.
As mãos que sabiam retirar a mais recôndita tristeza e
mostrar o sol, mesmo lá fora os pingos de chuva teimando em cair...
Os olhos que viam além das aparências e encontravam beleza
no forte, no fraco, no ligeiro em aprendizagem, no mais vagaroso,
na criança tímida, na comunicativa, nos olhos puxados, nos olhos
azuis, nos cabelos crespos, nos lisinhos, no rebelde, no manso.
Será que ficou a palavra, o estímulo, a descoberta de dons que nem eles mesmos sabiam ter?
Ou ficou o silêncio no momento que eles criavam: desenhavam, escreviam, liam, pesquisavam,
enchiam de vida as escolas em que trabalhei?
O que ficou de mim em meus alunos?

              Elaine Oliveira

Não custa nada tentar



Ser romântico enquanto há guerra ao lado...


Ser poeta enquanto há sangue pelo caminho...


Ser sensível enquanto o menino vende bala no sinal...


Ser humano enquanto há desvio de dinheiro


Ali mesmo, não muito distante...


Ser positivo enquanto há o negativo


nas palavras, nos atos, na falta de vontade.


Ser carinhoso enquanto não há mais sorriso,


conversa no portão...


nem brincadeira de criança na calçada...


Ser motivador enquanto há desgraça, desavença,


pai odiando filho, filho odiando pai...

Ser professor enquanto o aluno concorre

a todo momento, pelo saber, pelo espaço,

Ser escritor, diante de tanta miséria,

falta de oportunidade, desamor nos corações...

Por que não( int )...

Afinal, por que tantos já morreram pela pátria,

Porque acreditaram em seus ideais, em suas virtudes,

na convicção da existência.

Muitos desanimaram...

Mas a vida é assim mesmo...

Outros poetas, seresteiros, escritores, professores, diretores, artistas continuarão a caminhada...

Porque apesar dos pesares

Para que a vida continue nas gerações vindouras

Há necessidade de versos, de música, de arte,

Há necessidade da beleza que vem da alma, do coração

Que passa através das mãos para o mundo.

Nunca esqueça que cada um

Nasceu com o dom de ser feliz!!!

                                                               Elaine Oliveira




Let it be - Deixe estar ( Beatles )


Let It Be Deixa Estar

 
When i find myself in times of trouble Quando eu me encontro em tempos difíceis

 
Mother mary comes to me Mãe Maria vem pra mim


Speaking words of wisdom, let it be. Falando palavras de sabedoria, deixa estar


And in my hour of darkness E nas minhas horas de escuridão


She is standing right in front of me Ela está em pé bem na minha frente


Speaking words of wisdom, let it be. Falando palavras de sabedoria, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


Whisper words of wisdom, let it be. Sussurrando palavras de sabedoria, deixa estar.



And when the broken hearted people E quando as pessoas de coração partido


Living in the world agree, Morando no mundo concordarem,


There will be an answer, let it be. Haverá uma resposta, deixa estar.


For though they may be parted there is Pois embora possam estar separados há


Still a chance that they will see Ainda uma chance que eles verão


There will be an answer, let it be. Haverá uma resposta, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


There will be an answer, let it be. Haverá uma resposta, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


Whisper words of wisdom, let it be. Sussurrando palavras de sabedoria, deixe estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


There will be an answer, let it be. Haverá uma resposta, deixa estar.

Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


There will be an answer, let it be. Haverá uma resposta, deixa estar.



And when the night is cloudy, E quando a noite está nublada,


There is still a light that shines on me, Há ainda uma luz que brilha em mim,


Shine on until tomorrow, let it be. Brilha até a manhã, deixa estar.


I wake up to the sound of music Eu acordo ao som da música


Mother mary comes to me Mãe Mary vem para mim


There will be no sorrow, let it be. Não haverá tristeza, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


There will be no sorrow, let it be. Não haverá tristeza, deixa estar.


Let it be, let it be, Deixa estar, deixa estar.


Let it be, let it be. Deixa estar, deixa estar.


Whisper words of wisdom, let it be. Sussurrando palavras de sabedoria, deixa estar








Retrato

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?" Cecília Meireles

Paisagem

Paisagem
Ieda