Talvez...a voz serena, meio mãe, meio avó, meio madrinha,
nunca gritos,,,
O jeito de ouvir, mais que falar,de procurar entender
as mais inusitadas manifestações de revolta e
por isso mesmo saber lidar com a diversidade tão bem.
As mãos que sabiam retirar a mais recôndita tristeza e
mostrar o sol, mesmo lá fora os pingos de chuva teimando em cair...
Os olhos que viam além das aparências e encontravam beleza
no forte, no fraco, no ligeiro em aprendizagem, no mais vagaroso,
na criança tímida, na comunicativa, nos olhos puxados, nos olhos
azuis, nos cabelos crespos, nos lisinhos, no rebelde, no manso.
Será que ficou a palavra, o estímulo, a descoberta de dons que nem eles mesmos sabiam ter?
Ou ficou o silêncio no momento que eles criavam: desenhavam, escreviam, liam, pesquisavam,
enchiam de vida as escolas em que trabalhei?
O que ficou de mim em meus alunos?
Elaine Oliveira
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