Ele era um homem comum por fora,
Mas por dentro daquela mente imaginativa,
Inventava histórias e borbulhava poesias.
Mistura de humano e bruxo, fazia dos
Dias de chuva, sombrios, manto
Verdejante de jasmim.
Ora ou outra empurrava a brasa e
O fogo que parecia morto
Voltava a esquentar o café em cima do fogão
À lenha.
Não havia preguiça para a leitura
Que bastava uns óculos embaçados
Pela fumaça do fogão antigo
E vinha uma, duas, cinco
Poesias para encantar meu coração.
Lá se foram os livros, a cadeira azul de balanço
E a sua voz brincalhona...tudo se perdeu no tempo,
Menos o que foi recolhido no fundo das minhas emoções.
Elaine Oliveira
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